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Alta do dólar impacta preço de itens da ceia de Natal
Consumidor terá de pesquisar ainda mais para e ver o que é possível servir no período de festas
por Nathália Geraldo (A Tribuna)
17/11/2015

Se você pretende servir uma ceia de Natal com cara de banquete para sua família, prepare o bolso. Pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) aponta que o panetone, por exemplo, acumulou aumento de 9,1% somente em um ano. A porcentagem fica na beirada do Índice de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA, previsto para fechar em 9,7% neste ano.

Já o bacalhau está 14% mais caro, comparado ao preço do ano passado. Por conta disso, desde já comerciantes de importados renovam o estoque a conta-gotas, já que as compras para as festividades têm tudo pra ser bem menores. 

“Ano passado vendemos bem, foi uma tonelada de bacalhau”, explica a proprietária do Empório Lusitana, no Gonzaga, em Santos, Edileusa Rodrigues. 

“Neste ano, vamos abastecer aos poucos. Semana passada compramos 200 quilos, mas vamos esperar a procura dos clientes para comprar mais”.

Para quem não dispensa o peixe na mesa, Edileusa dá a dica. “Uma opção é comprar o lombo, a R$ 130,00/quilo. É mais caro, mas tem menos perda, porque já está limpo”.

Regar a ceia com um vinho importado também será luxo neste final de ano. Segundo a Abras, o produto teve aumento de 24,3% em um ano. 

“Vinhos que pagávamos R$ 30,00, hoje pagamos o dobro”, explica a gerente do Empório Casa Porto, na Ponta da Praia, Patricia Ramos. “Tentamos colocar um preço médio para o cliente, não dá pra repassar tudo”.

Frutas secas

Um fato, em meio a tanta notícia ruim, pode animar pelo menos os que não gostam de uva passa no arroz: as frutas secas subiram 13,2% e, neste ano, também serão vilãs do bolso

A saída, segundo os comerciantes, é fazer trocas inteligentes. “Mudar de marca e ficar atento que nem sempre as mercadorias nacionais são mais baratas”, destaca Patricia.

 

Confira a variação de preços em um ano: 

Panetone – 9,1 %

Tender – 9,2  %

Chester – 9,3 %

Peru – 9,5 %

Pernil – 9,6 %

Lombo – 9,6 %

Frutas da época – 9,6 %

Peixe fresco – 10,3 %

Peixe congelado – 10,8 %

Refrigerantes – 11,7 %

Frango congelado – 12,2%

Espumantes/frisantes – 13%

Frutas secas – 13,2 %

Bacalhau – 14 %

Vinhos importados – 24,3 %

 

 

 

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