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Supermercados preveem vendas estáveis neste Natal
Supermercadistas apostam no crescimento de alguns itens que não são exclusivamente natalinos
por Marli Moreira e Maria Cláudia (Agência Brasil)
09/11/2015

Pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) com supermercadistas concluiu que a projeção é de crescimento real de 0,4% ante o mesmo período de 2014. No ano passado, as vendas em dezembro cresceram 2,94% ante dezembro de 2013 e mesmo assim frustraram as estimativas. Na época, os empresários esperavam alta real de 7,2% no Natal.

A expectativa mais fraca está se refletindo na composição dos estoques nos varejistas. De acordo com a Abras, a maioria dos empresários do setor tem visto estabilidade nas compras junto a fornecedores para os estoques de Natal.

Nas 59 empresas participantes da pesquisa, 50% disseram que estão comprando a mesma quantidade que no ano passado, enquanto 33,9% afirmaram que estão comprando menos.

A contratação de mão de obra temporária para o período de festas também deve diminuir. O levantamento aponta que este ano 25,4% dos empresários afirmam que pretendem contratar funcionários temporários para o final do ano. Em 2014, essa parcela era de 37,1%. A maior demanda é para empacotadores, repositores e operadores de caixa.

“Levando-se em conta o momento difícil da economia brasileira, esperar um Natal estável, como demonstrado pela nossa pesquisa, é ser otimista”, disse em nota o presidente do Conselho Consultivo da Abras, Sussumu Honda.

Preços

A variação de preços no ano deve afetar as compras de Natal. A Abras aponta que, entre itens típicos da época, vinhos importados e outros importados em geral tiveram aumentos de preços significativos na comparação com o mesmo período do ano passado. Os vinhos subiram 24,3% e os outros importados, 21,3%.

Com isso, espera-se queda real nas vendas desses itens. No caso dos vinhos importados, a queda real deve ser de 13% apesar de uma variação nominal positiva de 8,1%. Nas outras linhas de importados, o recuo esperado é de 14,8% em termos reais, com ganho nominal de 3,3%.

Outros itens impactados pela variação de preços são as frutas secas. A alta de preços delas chegou a 13,2% na comparação anual e, com isso, as vendas reais devem subir apenas 3,4% neste Natal, segundo a pesquisa. Para os panetones, a alta de preço foi de 9,1% e a expectativa é de aumento de 6% nas vendas reais.

Os supermercadistas apostam no crescimento de alguns itens que não são exclusivamente natalinos. A projeção é de alta real de 4,2% nas vendas de cerveja e de 3,2% em refrigerantes. O frango congelado e o pernil aparecem como opção de carne, com projeção de aumento real de 0,3% nas vendas, enquanto a expectativa é de queda de 5,1% nas vendas de bacalhau.

 

 

 

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