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Premissas para definir metas e elaborar o orçamento para 2024
por Márcio Rodrigues
29/01/2024

Para um posicionamento estratégico de mercado, é importante sempre analisar as movimentações de mercado. Como todos os segmentos, a panificação, alimentação e confeitaria também sofre os impactos da economia e vale muito a pena, principalmente quando estamos no início de ano, analisar números e cenários para estabelecer metas e direcionamentos.

Economia e commodities

A inflação oficial acumulada de 2023 está em 4,62% e as projeções a colocam em 3,6% para este ano de 2024. O mercado manteve a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2023 em 2,92% e espera 1,52% neste ano que se inicia. Há custos nas empresas que utilizam a inflação como parâmetro e estes podem ter reajustes de cerca de 5%; os salários devem ser reajustados em 7%, o que representa algo próximo de 45% dos custos operacionais.

Com a adesão ao mercado livre de compra de energia, ou mesmo com a utilização de energia solar, as empresas podem reduzir em 30% o valor de suas contas.

As principais commodities consumidas pela indústria de panificação tiveram queda nos preços em 2023, como mostram dados da CEPEA – Esalq/SP e Esalq/PR: milho (-30%), trigo (-21,57%), soja (-22,39%) - que refletem também nos preços das margarinas. Outras quedas foram na fécula de mandioca (-43,43%), leites (-22,9%); apenas o açúcar teve uma elevação de 16,39% nos preços.

Como fica o setor?

O cenário aponta a manutenção dos preços atuais. O mercado de farinha de trigo do Brasil tem a perspectiva de realizar importações de trigo da Rússia com destino principalmente para o Nordeste. Os conflitos internacionais (guerras) podem impedir a chegada de navios para o Brasil, direcionando a compra somente para a Argentina. Caso isso se confirme o trigo pode subir em 2024. E se o preço do trigo subir, podemos ter também aumento nos preços dos produtos panificados.

Diante desse panorama a proposta é trabalhar com meta de crescimento de vendas em entre 5 e 8% para 2024 em relação a 2023. Os custos devem crescer uma média de 6%.

Esta combinação de fatores faz com que, mantendo a boa gestão dos indicadores-chave de performance – principalmente o controle do CMV da produção e revenda – o resultado operacional pode subir até 3 pontos percentuais.

 

 

 

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